11 de outubro de 2010

Projeto Enviado Para a FECITEC - Imperatriz no Maranhão

A FECITEC é uma feira que abrange diversos estados, e hoje até países. Não queríamos deixar a oportunidade de participar dessa feira tão bem falada e com grande repercussão. Foi isso que fizemos, nos escrevemos.

Abaixo o RESUMO, PLANO DE PESQUISA E ARTIGO que enviamos:

Óleo Sustentável
“Aprendendo a gerar renda preservando o meio ambiente”

Francisco Pedro Saldanha Alves – ped_rbk@hotmail.com
Romário Soares Barbosa – romario_jbe@hotmail.com
Orientadora: Marta Luciana Souza Xavier ­– mltecnologa@hotmail.com

EEEP Poeta Sinó Pinheiro, Jaguaribe- CE
BIO- 205

Resumo

Em um mundo marcado pela degradação constante do meio ambiente e de seu ecossistema, nasce uma necessidade de articulação com a educação ambiental. Os óleos alimentares, em especial aqueles utilizados nas frituras, surgem nesse contexto como um resíduo gerado diariamente nos lares e estabelecimento do país. Devido à falta de informação e/ou carência de disseminação de idéias, este resíduo acaba sendo descartado de forma indevida. É necessário incentivar e sensibilizar a população para que venham dar ao óleo pós-fritura um destino mais nobre. Para a realização desse projeto decidiu-se trabalhar com a pesquisa exploratória, pois a mesma permite uma maior familiaridade com o problema. Assim, foi feita uma pesquisa sobre o destino final do óleo pós-fritura realizado na Escola Profissionalizante e em alguns bairros da cidade de Jaguaribe/CE, onde também identificou- se o alto nível de consumo desse material. Após o levantamento bibliográfico e a analise dos resultados partimos para a prática através de palestras, divulgações, produção dos produtos e amostragens das receitas. Segundo dados registrados durante a pesquisa cerca de 48% de todas as pessoas entrevistadas após uso descartam o óleo no ralo da pia, 26% colocam no lixo, 15% optaram por outros como comida para porcos e o solo, e apenas 11% disseram que reciclam. Portanto, esses resultados nos mostram que  a falta de informação pode ser responsável para que haja o descarte do óleo de cozinha em maior quantidade no ralo da pia poluindo assim o meio ambiente. Conhecendo que o óleo pós-fritura é considerado um dos problemas mais agravantes da atualidade, aproveitar, tratar ou destinar esse resíduo é uma responsabilidade da qual nós não temos como se esquivar. Assim, passa a ser uma questão de cidadania propor alternativas para que a sociedade trate de maneira menos impactante ao meio ambiente e a si mesma o que é atualmente considerado rejeito.
Palavras- chaves: Meio Ambiente 1 – Óleo pós-fritura2 – Reciclagem3
IV Feira de Ciências e Tecnologia – Sul do Maranhão
FECITEC – Sul do Maranhão – 2010

ARTIGO

Em um mundo marcado pela degradação constante do meio ambiente e de seu ecossistema, nasce uma necessidade de articulação com a educação ambiental. Os óleos alimentares, em especial aqueles utilizados nas frituras, surgem nesse contexto como um resíduo gerado diariamente nos lares e estabelecimento do país. Devido à falta de informação e/ou carência de disseminação de idéias, este resíduo acaba sendo descartado de forma indevida. É necessário incentivar e sensibilizar a população para que venham dar ao óleo pós-fritura um destino mais nobre. Para a realização desse projeto decidiu-se trabalhar com a pesquisa exploratória, pois a mesma permite uma maior familiaridade com o problema. Assim, foi feita uma pesquisa sobre o destino final do óleo pós-fritura realizado na Escola Profissionalizante e em alguns bairros da cidade de Jaguaribe/CE, onde também identificou- se o alto nível de consumo desse material. Após o levantamento bibliográfico e a analise dos resultados partimos para a prática através de palestras, divulgações, produção dos produtos e amostragens das receitas. Segundo dados registrados durante a pesquisa cerca de 48% de todas as pessoas entrevistadas após uso descartam o óleo no ralo da pia, 26% colocam no lixo, 15% optaram por outros como comida para porcos e o solo, e apenas 11% disseram que reciclam. Portanto, esses resultados nos mostram que  a falta de informação pode ser responsável para que haja o descarte do óleo de cozinha em maior quantidade no ralo da pia poluindo assim o meio ambiente. Conhecendo que o óleo pós-fritura é considerado um dos problemas mais agravantes da atualidade, aproveitar, tratar ou destinar esse resíduo é uma responsabilidade da qual nós não temos como se esquivar. Assim, passa a ser uma questão de cidadania propor alternativas para que a sociedade trate de maneira menos impactante ao meio ambiente e a si mesma o que é atualmente considerado rejeito.


MEIO AMBIENTE– ÓLEO PÓS-FRITURA– RECICLAGEM



INTRODUÇÃO

Em um mundo marcado pela degradação constante do meio ambiente e de seu ecossistema, cria uma necessidade de articulação com a educação ambiental, onde o envolvimento de diversos sistemas de conhecimento tem que ser colocado em prática unindo a capacitação de profissionais, junto com a comunidade formando níveis de educação formal e não formal voltado para a transformação social relacionado o homem, a natureza e o universo, sabendo que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o ser humano (JACOBI, 2003).
O lixo se fundamenta hoje em um dos problemas mais graves da atualidade, no Brasil estima-se que a população produz cerca de 44 milhões de toneladas de lixo, sendo que cerca de 60% dos resíduos urbanos coletados não recebem destinação correta. Um resíduo de difícil descarte é o óleo de fritura. Além de não possuir destinação correta nem tratamento, ao atingir o solo, tem a capacidade de impermeabilizá-lo, dificultando a água chegar até o lençol freático entre outros problemas visto na sociedade como simples.
O descarte do óleo usado nos processos de fritura pode significar problemas ao meio ambiente gerando a poluição. A sociedade não esta apta para realizar o descarte correto deste resíduo e o seu descarte acaba sendo o ralo da pia. Apenas 1 litro de óleo tem capacidade para contaminar aproximadamente 1 milhão de litros de água, o suficiente para o consumo de uma pessoa em 14 anos de vida.
Com isso, conhecendo que o óleo pós-fritura é considerado um dos problemas mais agravantes da atualidade e que o mesmo tem tomado um papel significativo na mídia, aproveitar, tratar ou destinar esse resíduo é uma responsabilidade da qual nós não temos como se esquivar. Assim, passa a ser uma questão de cidadania propor alternativas para que a sociedade trate de maneira menos impactante ao meio ambiente e a si mesma o que é atualmente considerado rejeito (ROCHA, 2007), mostrando a viabilidade sócio-ambiental e econômica da coleta seletiva de óleos residuais de fritura para o aproveitamento industrial e também propondo métodos de reciclagem destes materiais como na produção caseira de produtos de limpeza.

MATERIAL E MÉTODOS

Utilizou-se a pesquisa exploratória pois a mesma nos permite uma maior familiaridade com o problema. Assim, foi feita uma pesquisa sobre o destino final do óleo pós-fritura realizado na escola e cidade, onde também identificou- se o alto nível de consumo desse material. Nossas pesquisas também foram baseadas em informações cientificas como as que Montoia nos oferece quando ressalta a relevância e a importância do meio ambiente, ele fala ainda de propor métodos de desenvolvimento sustentável a fim de vivermos dias melhores (MONTOIA, 2010). Após o levantamento bibliográfico e a analise dos resultados partimos para a prática através de palestras, divulgações, produção dos produtos e amostragens de receitas.


RESULTADOS E DISCUSSÃO

 Segundo dados registrados durante a pesquisa cerca de 48% de todas as pessoas entrevistadas após uso descartam o óleo no ralo da pia, 26% colocam no lixo, 15% optaram por outros como comida para porcos e o solo, e apenas 11% disseram que reciclam. Através dessa pesquisa constatou-se que a grande maioria descarta o óleo pós-fritura no ralo da pia; constatou-se ainda que boa parte não sabe os perigos que o descarte impróprio do óleo podem causar, porem durante a pesquisa a maioria se mostrou-se aberta a participar de palestras de sensibilização, a fim de tornarem multiplicadores da nossa idéia. Em pesquisas para identificar a qualidade dos nossos produtos e o grau de aceitação dos mesmos, feito em um bairro da cidade de Jaguaribe/CE com cem pessoas os resultados evidenciaram que a qualidade dos mesmos se mostraram positivas. Onde 80% apresenta a alta aceitação das pessoas em relação aos produtos feitos a base do óleo usado, 15% das pessoas acharam regular podendo melhorar e 5% acharam os produtos ruins.

CONCLUSÃO:
Somos parte da natureza e temos o dever de minimizar os impactos e buscar alternativas para melhoria do meio ambiente e para nossa condição de vida. Esse projeto mostra como pequenas ações podem refletir positivamente no meio ambiente, no desenvolvimento sustentável e na geração de renda.
Os resultados obtidos através das pesquisas mostram que a falta de informação pode ser responsável para que haja um maior descarte do óleo de cozinha no ralo da pia poluindo assim o meio ambiente. Para que venhamos mudar essa situação é preciso que haja motivação, informação e interesse da parte do cidadão.
É preciso sensibilizar a população a não descartar os óleos utilizados nas frituras domésticas, de modo indevido, dando um destino mais nobre aos mesmos, como na produção caseira de produtos de limpeza como sabão e detergente que são processos simples, rápido e econômico, sendo os mesmos na intenção de venda ou uso diário. Ou por meio de uma coleta seletiva semanal, quinzenal ou mensal para o aproveitamento industrial evitando assim, contaminações dos lençóis freáticos e outras implicações ao meio ambiente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ATITUDE ECOLOGICA. Sabão pode ser feito a partir do óleo. Disponível em: http://www.ipaumguassu.com.br/?p=50 Acesso em: 24 de abr. 2010.

JACOBI, P. Educação ambiental cidadania e sustentabilidade. Caderno de pesquisa, Mar. 2003. São Paulo. ISSN 0100- 1574.

ROCHA, D; Reciclar óleo de cozinha pode contribuir para diminuir o aquecimento global. 2007. Disponível em > Acesso em: 28 de Jul. de 2010.
IV Feira de Ciências e Tecnologia – Sul do Maranhão
FECITEC – Sul do Maranhão – 2010

Plano de Pesquisa

Óleo Sustentável
“Aprendendo a gerar renda preservando o meio ambiente”

Francisco Pedro Saldanha Alves – ped_rbk@hotmail.com
Romário Soares Barbosa – romario_jbe@hotmail.com


Questão ou problema identificado:
O que pode ser feito para diminuir a poluição do meio ambiente em nossa cidade ocasionada pelo descarte do óleo comestível pós-fritura de forma indevida no ralo da pia, solo e lixo, partindo do pressuposto de que a reciclagem desse material vem sendo muito utilizada em outras cidades e estados com grande aproveitamento e como uma nova alternativa geradora de renda? Você sabia que de todo o óleo produzido e consumido no mundo apenas 1% é reciclado? Sabemos que o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de soja e possui grandes perspectivas para a produção de outras sementes, tais como girassol, babaçu, milho, canola, mamona e algodão, portanto o óleo de cozinha, produzido a partir destas e outras sementes, utilizado na preparação de alguns alimentos de fritura traz grandes benefícios a saúde humana.
É importante salientar que a qualidade de um alimento é definida pela presença de nutrientes e ausência de contaminantes. Esta qualidade também pode resultar de boas práticas, isso quer dizer, na forma de preparar certos alimentos. Na preparação de alimentos que são submetidos a processos de fritura, às altas temperaturas, o óleo começa a sofrer um processo de degradação. Este processo tem incentivado pesquisadores do mundo todo a avaliarem as alterações produzidas nos óleos, quando os mesmos são submetidos a aquecimentos prolongados, assim determinando-se que é hora de descartar o óleo. Os ácidos graxos são os principais componentes dos óleos e gorduras, (MORETTO e FETT, 1998) apresentam-se como compostos que desempenham importante papel nutricional no organismo humano e animal.
Dobarganes et al (1991), relata que o consumo de alimentos fritos e pré-fritos tende a aumentar ainda mais ao longo do tempo, com isso, provocando um maior descarte desse resíduo. Constata-se que esse fato tem sido influenciado por razões sociais, econômicas e técnicas, pois as pessoas dispõem de menos tempo para preparação de seus alimentos e, assim, o processo de fritura fornece uma alternativa de sua preparação rápida.
Em um mundo marcado pela degradação constante do meio ambiente e de seu ecossistema, nasce uma necessidade de articulação com a educação ambiental, onde o envolvimento de diversos sistemas de conhecimento tem que ser colocado em prática unindo a capacitação de profissionais, junto com a comunidade formando níveis de educação formal e não formal voltado para a transformação social relacionando o homem, a natureza e o universo, sabendo que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o ser humano (JACOBI, 2003).
 Atualmente pode ser observado um grande aumento de estratégias no sentido de adoção de preservação do meio ambiente, resultado de uma evolução de sensibilização por parte de alguns cidadãos sobre a intrínseca relação entre seus atos e a poluição do meio ambiente, essa quantia não é o suficiente para que haja a cada dia uma sólida harmonia entre o homem e a natureza. Uma das principais preocupações é quanto à geração e disposição de resíduos, sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos, que acabam chegando à atmosfera, solos ou água, gerando um imenso impacto ambiental (JACOBI, 2003).
Os óleos alimentares, em especial aqueles utilizados nas frituras, surgem nesse contexto como um resíduo gerado diariamente nos lares e estabelecimentos do país. Devido à falta de informação da população e/ou a carência de disseminação de idéias a favor do meio ambiente, este resíduo acaba sendo despejado diretamente nas águas, como em rios e riachos, no solo ou simplesmente no ralo da pia (JACOBI, 2003).
Por causa disso, a crescente preocupação em relação ao meio ambiente e o aumento do uso do óleo de cozinha, freqüentemente utilizado em frituras tem crescido nos últimos anos, pois além de ser prejudicial à saúde se consumido em excesso, já que estudos indicam que o óleo deve ser consumido de modo racional, não sendo reutilizado mais de uma vez nos processos de fritura (SANIBAL & FILHO, 2009), o mesmo também produz danos ao meio ambiente se descartado de maneira indevida.
 Cada litro de óleo despejado no esgoto tem capacidade para poluir cerca de um milhão de litros de água. Isto equivale à quantidade que uma pessoa consome em aproximadamente 14 anos de vida. Além disso, essa contaminação prejudica o funcionamento das estações de tratamento de água, podendo haver acúmulo de óleos e gorduras nos encanamentos, causando entupimentos, refluxo de esgoto e até mesmo rompimentos nas redes de coleta e aumentando em até 45% os seus custos de tratamento. Para retirar o produto e desentupir os encanamentos são empregados produtos químicos altamente tóxicos (BIODIESEL, 2010).
Fora da rede de esgoto, a presença de óleos nos rios cria uma barreira que dificulta a entrada de luz e a oxigenação da água, comprometendo assim, os animais que lá habitam. Quando o óleo é jogado em solos, ele o impermeabiliza, dificultando o escoamento da água das chuvas e aumentando o risco de enchentes (RGNUTRI, 2008). Em contato com a água do mar, esse resíduo passa por reações químicas que resultam em emissão de metano, gás considerado vinte e duas vezes mais prejudicial que o gás carbônico e um dos principais responsáveis pelo aquecimento do planeta, desta maneira, surge à necessidade de informar a população sobre os malefícios que estas atitudes provocam e a maneira correta de se dispor tal resíduo.
Fundamentado no exposto acima, buscou-se evidenciar a possibilidade de se obter a melhor maneira possível, para um destino final do óleo de cozinha usado, fazendo com que, aquilo que se tornou inútil, possa obter um descarte seguro através do ciclo reverso de logística, podendo promover alternativas sócio-econômicas e redução de impactos ambientais. Quando se tem um retorno do óleo de fritura para o ciclo produtivo ao invés de ser despejado no meio ambiente prejudicando-o, não é apenas ecologicamente correto e lucrativo, forma-se um desenvolvimento sustentável, abandonando com isso, a extração de recursos naturais e aumentando a reciclagem circular.
 Pelo tema não ser recente, e já ter sido tratado por muitos no passado como uma questão ideológica de grupos ecologistas que não aceitavam a sociedade de consumo moderna, e por ser bastante recorrente na comunidade cientifica e até nos meios de comunicação, ainda é bastante desconhecido na população da cidade de Jaguaribe. Com isso a preocupação com a preservação do meio ambiente assume hoje uma importância cada vez maior, nos encorajando a apresentar sugestões para que esse problema seja sanado.
Este projeto é uma tentativa viável, fundamentada na realidade do meio em que estamos inseridos de oferecer uma alternativa sustentável no combate à poluição do meio ambiente pelo descarte indevido do óleo de cozinha usado, mostrando os males que o mesmo ocasiona. Trata-se de um estudo realizado tendo como metodologia a pesquisa exploratória. Feito o levantamento das informações partimos para prática, através de palestras, divulgações, pesquisa-ação com preparação e amostragem de receitas, envolvendo um resíduo considerado hoje um dos principais problemas para o meio ambiente.
Com isso, conhecendo que o óleo pós-fritura é considerado um dos problemas mais agravantes da atualidade e que o mesmo tem tomado um papel significativo na mídia, aproveitar, tratar ou destinar esse resíduo é uma responsabilidade da qual nós não temos como se esquivar. Assim, passa a ser uma questão de cidadania propor alternativas para que a sociedade trate de maneira menos impactante ao meio ambiente e a si mesma o que é atualmente considerado rejeito (ROCHA, 2007), mostrando a viabilidade sócio-ambiental e econômica da coleta seletiva de óleos residuais de fritura para o aproveitamento industrial e também propondo métodos de reciclagem destes materiais como na produção caseira de produtos de limpeza.

Hipótese ou Objetivo de Engenharia:
ØA reciclagem do óleo de cozinha usado é realmente possível já que a quantidade consumida em nossa cidade é muito grande.
ØPara diminuirmos os impactos ambientais, resultado do descarte indevido do óleo comestível pós-fritura de forma indevida, podemos usá-lo para a fabricação de diferentes produtos de limpeza.
ØA realidade em que as pessoas de baixa renda da nossa cidade vivem pode ser transformada, oferecendo uma nova alternativa que gere renda extra através da produção e venda dos produtos a base do óleo de fritura usado, ou então a venda do mesmo para uma fábrica que recicle esse material através de uma coleta seletiva, semanal ou mensal.
Descrição detalhada dos materiais e métodos (procedimentos) que serão utilizados:
Ao partir do suposto que “nenhuma sociedade se coloca problemas sem que existam condições necessárias e suficientes para sua solução, e métodos a serem desenvolvidos para a prevenção de novos sem que estejam ao menos em via de aparecer ou desenvolver-se” (DOBARGANES, 1991), procuramos por meio de métodos simples estabelecermos uma forma de diminuir a problemática referente ao descarte indevido dos óleos pós-fritura no meio ambiente. Trabalhando nesse sentido, damos a nossa contribuição e também nos sentirmos úteis por poder colaborar com dias melhores.
Trata-se de uma pesquisa de caráter explorativo e de ação. A coleta de dados foi adquirida através das informações relevantes obtidas por meio de entrevistas com a comunidade e com profissionais da área e pesquisas em livros, jornais, artigos, internet e assuntos sobre o tema. Também registrou-se métodos importantes para serem analisados e casos investigados através da exploração de informações. Nossas pesquisas também foram baseadas em informações cientificas como as que Montoia nos oferece quando ressalta a relevância e a importância da preservação do meio ambiente, do uso racional e da não poluição da água, ele fala ainda de propor métodos de desenvolvimento sustentável a fim de, vivermos dias melhores na terra.
Preservação do meio ambiente, racionalização e não poluição das águas é uma questão que durante o presente tempo tem sido considerado um dos principais problemas, atingindo diversos pontos do planeta. Os países que estão ficando sem água podem, por exemplo, tentar pegá-la de seus vizinhos, mesmo que, para isso, seja necessário declarar guerra. A água, hoje, é chamada de “Ouro Azul” do novo século e ocupa, em importância, o espaço que o petróleo teve no século XX. Então é necessário começarmos novos meios de desenvolvimento, de sustentabilidade e acima de tudo, de preservação com formas práticas e simples (MONTOIA, 2010).
A fase inicial dos estudos foi marcada pelo levantamento de informações e formação de um banco de dados. As pesquisas foram realizadas com levantamentos em fontes bibliográficas e também fontes de dados disponíveis na internet através de dados secundários.
Junto à escola onde o projeto está inserido, realizou-se uma pesquisa de forma oral, onde foi elaborado cinco perguntas claras a serem realizadas no período manhã/tarde com 386 alunos de 1º, 2º e 3º anos do ensino médio profissionalizante no mês Maio de 2010, a fim de identificarmos os conhecimentos que os mesmos têm ou não sobre os malefícios que o descarte indevido do óleo pós-fritura no meio ambiente pode ocasionar. Os dados obtidos com a pesquisa foram analisados e organizados em forma de gráficos. Realizou-se também uma pesquisa de campo no SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) da cidade, que consistiu em um objeto de investigação referente ao processo de tratamento da água abordado por meio de uma entrevista com o engenheiro do local.
Entre os períodos de Maio à Agosto foram realizados testes de produção dos produtos de limpeza com o óleo pós-fritura, que se deu por meio da arrecadação do mesmo na cantina da escola, na casa dos alunos, professores e comunidade em um todo. As produções eram realizadas no LEC (Laboratório Educacional de Ciências), depois da aula orientada pela coordenadora e tecnóloga do mesmo. O sabão que era produzido seguia metodologia proposta por (ATITUDE ECOLOGICA, 2010), sendo que uma receita era natural, e a outra com fragrância; o detergente foi produzido por meio de algumas receitas adquiridas em pesquisas para que chegássemos a uma formulação final. Após os testes realizados em laboratório, aplicou-se um questionário em dois bairros da cidade (Vila José Pinheiro e Cruzeiro), totalizando uma quantia de 120 pessoas participantes. Então, com os resultados obtidos na pesquisa escola e cidade, realizou-se a formação de um gráfico final.
Com o processo de produção na escola, à aplicação dos questionários nos bairros, e a formação dos gráficos finais, queríamos comprovar que o nosso produto realmente é bom, para isso pegamos um grupo de cem pessoas em um bairro da cidade (Vila José Pinheiro) e aplicamos os produtos, depois com um questionário avaliativo contendo nove perguntas, obtivemos os resultados referentes à qualidade desses produtos e o grau de aceitação dos mesmos.
Para o principal foco do projeto foi feito um estudo onde foram estabelecidos instrumentos de pesquisa na cidade, como a observação direta e uma entrevista informal por meio de visitas nos bares, restaurantes e lanchonetes, onde se pôde observar a quantidade de óleo pós-fritura que é consumido por cada unidade, com o objetivo de demonstrar os impactos ambientais resultantes se esse material sofrer um descarte indevido.
Em uma das nossas ultimas pesquisas de campo visitamos a Indústria Sabão Jaguaribano, tendo por proprietário o senhor Antonio José Barbosa mais conhecido como Dedé do sabão. Essa visita teve por finalidade conhecer o processo de fabricação do sabão a partir do óleo da oiticica, que em sua composição leva o óleo comestível pós-fritura, por causa dos ácidos graxos que agem em um processo chamado saponificação, falar a respeito do projeto em que estamos trabalhando, trocar algumas idéias e conseguir parcerias.
A partir da troca de idéias com o empresário, o mesmo se firmou parceiro com a gente, e através da divulgação realizada pelo nosso projeto, a indústria estará comprando de cada morador o óleo pós-fritura pelo preço equivalente há um 1 real o kg ou a troca pelo produto final, o sabão. E estará dando subsídio ao desenvolver de uma campanha de coleta seletiva, semanal ou mensal na cidade com pontos de arrecadação do óleo.
Para que o trabalho de coleta seletiva tenha resultado, é necessário orientar a população quanto à maneira de armazenamento do óleo, podendo ser guardado em garrafas pets e entregue nos pontos de coleta. É utilizado como forma de orientar folhetos explicativos com informações sobre como separar o óleo e armazenar, as vantagens de se separar o óleo para que o mesmo venha ter um destino mais nobre, além de propagandas na radio e no jornal da cidade.
Outra atividade proposta por este projeto será o desenvolvimento, criação e implantação de um selo ecologicamente correto nos estabelecimentos comerciais, onde os mesmos terão que assumir responsabilidade para que óleo pós-fritura tenha um destino correto, como por exemplo, a venda do produto para uma empresa responsável por comprar esse material, para que venha ser reciclado e tenha um melhor aproveitamento industrial, obtendo-se dessa forma vantagens para esses estabelecimentos e ganhos ambientais para a sociedade em geral, contribuindo para um desenvolvimento social e econômico mais harmônico entre natureza e o homem.
No capitulo 36 da Agenda 21 descreve de forma breve e eficaz a importância de uma sociedade participativa e que esteja preocupada com os problemas que lhe é associado ao meio ambiente, "(...) desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas que lhes são associados é muito importante. Principalmente uma população que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar, individual e coletivamente, na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção dos novos (...)”.
Assim, buscamos trazer uma alternativa simples, prática, econômica e sustentável, no combate a poluição do meio ambiente, adotando métodos importantes como iniciativa na geração de renda extra e acima de tudo, contribuir para um mundo melhor, mundo esse que começa na nossa casa.

Bibliografia

ATITUDE ECOLOGICA. Sabão pode ser feito a partir do óleo. Disponível em: http://www.ipaumguassu.com.br/?p=50 Acesso em: 24 de abr. 2010.

JACOBI, P. Educação ambiental cidadania e sustentabilidade. Caderno de pesquisa, Mar. 2003. São Paulo. ISSN 0100- 1574.

ROCHA, D; Reciclar óleo de cozinha pode contribuir para diminuir o aquecimento global. 2007. Disponível em > Acesso em: 28 de Jul. de 2010.

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